18 de março de 2013

A Pré-história não é HISTÓRIA? Que história é essa?


Ao contrário do significado da expressão, a Pré-história não se trata de um período anterior à História. Os historiadores do século XIX acreditavam ser impossível julgar o passado por documentos que não fossem escritos.

O termo "Pré-história" se refere ao maior período da humanidade, envolvendo milhares de anos - descreve os tempos do primeiros seres humanos até a invenção da escrita. Segundo alguns historiadores, corresponderia ao um período em que a humanidad estaria ensaiando os primeiros passos, em que ainda não se organizavam em civilizações e engatinhava no domínio da tecnologia (uso do fogo e dos metais).
Quando e onde a humanidade teve início?


A busca pela origem da humanidade segue basicamente dois caminhos investigativos: os genes e os fósseis. Os genes sexuais são importantes para traçar as origens da humanidade, pois é através deles que conseguimos desccobrir quando vieram nossos mais antigos ancestrais masculinos e femininos. Pelos fósseis está claro que nossos ancestrais homídeos e hominídios vieram da África.
 A fixação do ser humano em determinado lugar esteve associada à domesticação de animais e ao cultivo de plantas , que dacacterizaram uma mudança profunda na história da humanidade. Essa mudança foi estabelecida lentamente e não aconteceu ao mesmo tempo em todo o planeta. Tradicionalmente conhecida como "revolução" neolítica ou agrícola, prporcionou a sedentarização de grupos, geralmente em áreas férteis nas margens dos grandes rios.
 

Os primeiros agrupamentos humanos nas américas tinham como base de subsistência a caça, a coleta de frutos, a pesca, e em alguns casos, a atividades agrícolas. Os registros mais antigos dessas sociedades na região do atual Brasil poderão ser encontrados nos sítios arqueológicos de Boqueirão da Pedra Furada, no Piauí, na Toca da Esperança na Bahia, e em Lagoa Santa, em Minas Gerais.
Provavelmente por causa das glaciações, os grupos humanos paleolpiticos cehgaram ao continente americano, abandonando as regiões de origem, há dezenas de milhares de anos.



Porém, a diversidade de características biológicas e linguisticas entre os nativos da América reforça as hipóteses de que o povoamento inical do continente  americano tenha se dado a partir de mais  dois caminhos migratórios










 A arte rupestre tertemunha uma grande conquista da nossa espécie, que é a capacidade de representar concretamente seu pensamento e suas observações. O estudo da arte rupestre favoreceu o conhecimento de hábitos e costumes desses povos . As principais obras eram desenhos e pinturas, tendo como telas as paredes e os tetos das cavernas, eram representados principalmente animais, linhas, círculos e espirais. Seres humanos eram mais representados em situações de caças.


15 de março de 2013

CONTEÚDOS DE HISTÓRIA SSA - UPE


SSA 1 - 1ª Série

1. História, fontes e historiadores: 1.1 Cultura e História, a diversidade do fazer e do pensar humanos e sua relação com a natureza.
2. A Pré-história: economia, sociedade e cultura; 2.1 O Brasil pré-cabraliano.
3. As relações entre poder e saber na Antiguidade Oriental e Ocidental e a busca pela compreensão e superação das dificuldades históricas.
4. As relações de poder na Idade Média Ocidental e Oriental e a importância da Igreja Católica na construção das concepções de mundo; 4.1 O mundo islâmico medieval; 4.2 A produção cultural no medievo.
5. A modernidade como projeto histórico da sociedade europeia; 5.1 A formação do mundo moderno: o Renascimento, a Reforma e a Conquista e colonização dos povos pré-colombianos e pré-cabralianos da América; 5.2 Violência e dominação cultural nas relações políticas entre colonizadores e colonizados. 



SSA 2 - 2ª Série

1. Europa-África-América: a escravidão e sua inserção no mundo moderno. 1.1 A luta contra seu domínio e sua contribuição para o crescimento do poderio europeu na gestão das riquezas e das concepções culturais de mundo.
2. O Capitalismo e suas relações históricas com a formação da burguesia. 2.1 Novas formas de saber e poder e mudanças na Europa. 2.2 A construção do liberalismo na política e na economia. 
3. As resistências contra a colonização dos europeus e lutas políticas nas Américas. 3.1 As influências das ideias liberais e as crises do antigo regime.
4. O Brasil e a formação do Estado Nacional. 4.1 Autoritarismo e escravidão, hierarquias sociais e revoltas políticas no período do Império. 
5. A modernização da sociedade ocidental e sua expansão. 5.1 O impacto das invenções modernas e a crítica às injustiças do capitalismo. 5.2 O político-cultural e suas renovações: Romantismo, Socialismo e Anarquismo. 5.3 Produção Cultural no Brasil no século XIX.
6. A expansão do mundo capitalista: o neocolonialismo e a opressão cultural - América, África e Ásia. 6.1 Os preconceitos científicos e as contradições do progresso. 6.2 As relações entre o saber e o poder no século XIX.
7. As relações históricas entre o abolicionismo e o republicanismo no Brasil. 7.1 A busca de alternativas políticas e os ensaios de modernização nos centros urbanos.


SSA 3 - 3ª Série

1. As primeiras décadas republicanas no Brasil. 1.1 Oligarquias e resistências. Insatisfações e modernismos. 1.2 O movimento operário e suas primeiras organizações e greves. 
2. A primeira metade do século XX. 2.1 A primeira guerra mundial. 2.2 A Revolução Soviética. 2.3 O Nazi-fascismo. 2.4 A crise do capitalismo.
3. A modernização no Brasil e o autoritarismo político na primeira metade do século XX. 3.1 As dificuldades de construção da democracia e lutas dos trabalhadores.
4. A II Guerra Mundial e o fim do impérios. 4.1 A descolonização da África e da Ásia. 4.2 Guerra Fria.
5. O mundo depois das guerras mundiais: as dificuldades, as utopias e as relações internacionais. 5.1 Produção cultural no século XX. 5.2 Resistências culturais e crescimento tecnológico. 5.3 A globalização e a massificação cultural: o cotidiano e seu controle pelo poder hegemônico. 5.4 Tensões contemporâneas: Oriente Médio, América Latina e África.
6. Regime Militar no Brasil: violência, censura e modernização. 6.1 a luta pela democracia e suas dificuldades. 6.2 Produção cultural no Brasil do século XX. 6.3 Organização política e violência urbana e a consolidação do capitalismo. 6.4 O Brasil e suas relações com a América Latina nos tempos atuais.



11 de março de 2013

FREVO - Patrimônio Imaterial da Humanidade (1º ano)


Um sorriso
um abraço e uma flor
tudo é você na imaginação
serpentina ou confete, carnaval de amor
tudo é você no coração
você existe como um anjo de bondade
e me acompanha nesse frevo de saudade (Frevo da Saudade - Céu)


"Como nasce uma manifestação artística, o que determina a sua existência? O povo, a cidade, o tempo?"  É esta a pergunta que está sendo feita para começar o documentário sobre o FREVO, o mais novo Patrimônio da Humanidade. O frevo é uma expressão musical, coreográfica e poética densamente enraizada em Recife e Olinda. Surgiu no final do século 19, em um momento de transição e efervescência social, como expressão das classes populares na configuração dos espaços públicos e das relações sociais nessas cidades. (IPHAN)

O que conhecemos do frevo como representação cultural de Pernambuco?
A palavra frevo vem de ferver, uma vez que, os estilo de dança faz parecer que abaixo dos pés das pessoas existia uma superfície com água fervendo. É um estilo pernambucano de  carnaval, um tipo de marchinha bastante acelerada, que não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma vanda que segue os blocos carnavalescos enquanto a multidão se diverte dançando.

Essa dança inclui gingados, malabarismos, rodopios, passinhos miúdos e muitos outros passos complicados, como legado da capoeira, uma criação dos negros no Brasil. Os dançarinos de frevo encantam com sua técnica e improvisação, usam uma sombrinha ou guarda-chuva aberto enquanto dançam, para completar a beleza da dança.

Existem mais de cem passos conhecidos do frevo, sendo os mais famosos: locomotiva, dobradiça, fogareiro, capoeira, tesoura, mola, ferrolho e parafuso, entre outros.

O frevo é tocado, mas pode ser cantado.

Quem é de fato
um bom pernambucano
espera um ano
e se mete na brincadeira
esquece tudo
quando cai no frevo
e no melhor da festa
chega a quarta-feira ( É de fazer chorar - Luiz Bandeira)

Nos anos 30, o frevo foi dividido em 3 ritmos:
*Frevo-de-rua - é o frevo completamente instrumental, feito exclusivo para dançar.
*Frevo-de-bloco - originada das serenatas realizadas paralelamente ao carnaval.
* Frevo-canção - frevo mais lento, com algumas semelhanças em relação à marchinha carioca.


O frevo, genuinamente pernambucano, agora é do mundo. Em dezembro de 2012, a música que alegra milhares de foliões e carrega toda uma história de formação do povo pernambucano foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Em 2007, recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, e agora é reconhecido mundialmente.

Este título coloca o frevo ao lado de mais três manifestações culturais brasileiras com reconhecimento internacional pela importância para a comunidade onde nasceram: Wajãpi (expressão linguística do povo tupi na região do Amapá), Samba de Roda do Recôncavo Baiano (mais do que um gênero musical, o ritmo baiano é uma celebração, herança do período escravocrata) e Yaokwa (ritual dos indígenas que vivem no Mato Grosso)

9 de março de 2013

E fomos à rua no dia 08 de março a favor do respeito e dignidade para a mulher



Começaremos nossas postagens do mês de março propositadamente no dia internacional da mulher.  Uma data que se tornou símbolo de luta das mulheres por uma sociedade pela liberdade, igualdade e autonomia das mulheres num universo social estruturado num machismo sem medida. E quando nos referimos dessa forma, levamos em consideração os dados de violência contra as mulheres num processo histórico-social universal.

O dia 08 de março ficou marcado na história da humanidade com um ato de covardia e crueldade que representou e ainda representa condições em que a mulher está inserida. Num contexto de desvalorização profissional,  de discriminação, preconceito e violência sexista. O que ocorreu no dia 08 de março de 1857 não é muito diferente do que acontece hoje, por isso a escola tem um papel muito importante para despertar uma consciência mais crítica acerca de temáticas inerentes aos direitos da pessoa humana. São comportamentos e atitudes que atravessaram séculos de discriminação, é necessário um conhecimento dessa história para compreendermos que a mudança não vem só com  uma legislação, a educação tem que ser a principal mola propulsora da mudança de valores.

Ato Público realizado pela EREM de Itaparica no dia 08/03/13

Transformar a realidade. Acredito muito nisso quando penso sobre a educação. Discutir o modelo social baseado no patriarcado onde há um chefe de família, nos faz refletir sobre a condição da mulher nordestina, especificamente a mulher sertaneja que se apresenta atualmente como parte desse modelo, metade dessas mulheres hoje são as provedoras de seus lares, “chefes de família”. A escola está inserida nesse modelo de sociedade e seus estudantes: são os filhos criados só pelas mães, avós ou tias que estão em nossas salas de aula; são filhos que presenciam agressões contra as mães  que estão matriculados; são filhos de mulheres que trabalham fora e buscam a independência e autonomia; são filhas que não querem reproduzir esse modelo patriarcal falido, porém enraizado na nossa sociedade.

Esta semana, na escola, propomos uma semana momentos de discussão, palestras. Foram momentos em que debatemos a mídia e seu poder de macular a figura feminina. Quantas músicas estão sendo tocadas e dançadas apelando para uma vulgaridade exarcebada que acaba denegrindo a imagem da mulher.  Mas ainda é muito pouco para transformar mentalidades,  essas discussões precisam ser levadas para os espaços públicos e privados,associações, empresas e igrejas.
O ato público que a escola proporcionou hoje na comunidade de Itaparica, além de espaço para  homenagens,  foi um ato de protesto contra todos os tipos de violência aos quais as mulheres são submetidas diariamente. Hoje, os filhos dessas mulheres levaram uma mensagem de cuidado e proteção, pois amar é proteger, entendemos dessa forma. Amar não é machucar, humilhar, amar é abraçar.

Parada em frente à CODEVASF para mais uma apresentação dos estudantes

O abraço simbólico permaneceu durante todo o tempo, sinalizando o objetivo de cada apresentação, em forma de música, passando pela mímica, toadas, cordel, mensagens e coreografia. Os talentos de filhos, irmãos, sobrinhos, netos de tantas mulheres que deixam marcas significativas na vida deles, foram favoráveis a esta manifestação de cidadania. Esta geração deve ser formada num modelo diferente, alicerçado em valores humanos, de forma igualitária.
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