9 de março de 2013

E fomos à rua no dia 08 de março a favor do respeito e dignidade para a mulher



Começaremos nossas postagens do mês de março propositadamente no dia internacional da mulher.  Uma data que se tornou símbolo de luta das mulheres por uma sociedade pela liberdade, igualdade e autonomia das mulheres num universo social estruturado num machismo sem medida. E quando nos referimos dessa forma, levamos em consideração os dados de violência contra as mulheres num processo histórico-social universal.

O dia 08 de março ficou marcado na história da humanidade com um ato de covardia e crueldade que representou e ainda representa condições em que a mulher está inserida. Num contexto de desvalorização profissional,  de discriminação, preconceito e violência sexista. O que ocorreu no dia 08 de março de 1857 não é muito diferente do que acontece hoje, por isso a escola tem um papel muito importante para despertar uma consciência mais crítica acerca de temáticas inerentes aos direitos da pessoa humana. São comportamentos e atitudes que atravessaram séculos de discriminação, é necessário um conhecimento dessa história para compreendermos que a mudança não vem só com  uma legislação, a educação tem que ser a principal mola propulsora da mudança de valores.

Ato Público realizado pela EREM de Itaparica no dia 08/03/13

Transformar a realidade. Acredito muito nisso quando penso sobre a educação. Discutir o modelo social baseado no patriarcado onde há um chefe de família, nos faz refletir sobre a condição da mulher nordestina, especificamente a mulher sertaneja que se apresenta atualmente como parte desse modelo, metade dessas mulheres hoje são as provedoras de seus lares, “chefes de família”. A escola está inserida nesse modelo de sociedade e seus estudantes: são os filhos criados só pelas mães, avós ou tias que estão em nossas salas de aula; são filhos que presenciam agressões contra as mães  que estão matriculados; são filhos de mulheres que trabalham fora e buscam a independência e autonomia; são filhas que não querem reproduzir esse modelo patriarcal falido, porém enraizado na nossa sociedade.

Esta semana, na escola, propomos uma semana momentos de discussão, palestras. Foram momentos em que debatemos a mídia e seu poder de macular a figura feminina. Quantas músicas estão sendo tocadas e dançadas apelando para uma vulgaridade exarcebada que acaba denegrindo a imagem da mulher.  Mas ainda é muito pouco para transformar mentalidades,  essas discussões precisam ser levadas para os espaços públicos e privados,associações, empresas e igrejas.
O ato público que a escola proporcionou hoje na comunidade de Itaparica, além de espaço para  homenagens,  foi um ato de protesto contra todos os tipos de violência aos quais as mulheres são submetidas diariamente. Hoje, os filhos dessas mulheres levaram uma mensagem de cuidado e proteção, pois amar é proteger, entendemos dessa forma. Amar não é machucar, humilhar, amar é abraçar.

Parada em frente à CODEVASF para mais uma apresentação dos estudantes

O abraço simbólico permaneceu durante todo o tempo, sinalizando o objetivo de cada apresentação, em forma de música, passando pela mímica, toadas, cordel, mensagens e coreografia. Os talentos de filhos, irmãos, sobrinhos, netos de tantas mulheres que deixam marcas significativas na vida deles, foram favoráveis a esta manifestação de cidadania. Esta geração deve ser formada num modelo diferente, alicerçado em valores humanos, de forma igualitária.
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6 comentários:

  1. Foi muito significativa essa caminhada, além de crescer mais o valor dessa Mulher, também fomos as ruas de Itaparica, contra o ato de violência contra elas mesmas. E o mais importante disso foi que na caminhada não tinha somente mulheres defendendo seus direitos dentro da sociedade, mas sim também homens que são contra isso, e a favor de uma sociedade mais igualitária.

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  2. A caminhada no dia das mulheres,reuniu alunos que se mobilizaram a andar pelas ruas,fazendo um 'manifesto' contra a violência e a desvalorização do gênero feminino.
    Com essa mobilização podemos concientizar os direitos das mulheres,demonstrar que somos sim do 'sexo frágil', mais que não vamos e nem devemos se calar diante das injustiças !

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  3. Foi um dia de grande importância, parabenizando a todas as mulheres guerreiras,mesmo ainda sendo alvo de grande discriminação por aqueles que ainda acreditam que “lugar de mulher é no fogão” e por isso enfrenta o grande desafio de mostrar que apesar de frágil é ainda forte, ousada e firme na tomada de decisões.
    Por isso,a mulher não pode perder a coisa mais preciosa que Deus lhe deu, a feminilidade. Mulheres sábias são as que percebem que podem juntar a força e autonomia adquirida ao longo das experiências, sem se quer perder a essência: a alma feminina!

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  4. Foi muito importante levar nós alunos nas ruas, pois é uma formar de mostrar a sociedade que o jovem também pensa no futuro, principalmente os homens q é contra a violência a mulher, pq homem é homem ñ bate em suas esposas, mas sim dar carinho, amor e principalmente valoriza as sua mulheres

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  5. Esse dia é de extrema importância para conscientizarmos a população de um fato que acontece frequentemente com as mulheres brasileiras, quando sairmos a rua contestando essa barbaridade que vem ocorrendo em nosso país, queremos mostrar que a mulher não veio ao mundo para ser agredida, e sim para ser honrada diante de sua ampla competência! O que seria de nós, sem essas mulheres!

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  6. Resumindo, mais um grande evento de nossa escola, que estamos aptos a querer ver a mulher brasileira, sem nenhum maltrato ou atos de violências. A mulher é coisa rica de Deus, é a coisa que nós devemos preservar dentro de nosso coração. Grande importância mostrar isso para a sociedade de Jatobá/Itaparica.

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