Sobre esse assunto, este blog postou os últimos momentos de Cíntia e Lucas aqui na terrinha antes do embarque, quando arrumavam as malas e falavam de seus sentimentos e expectativas com a viagem.
Passados dois meses, procuramos Lucas lá na Nova Zelândia, na cidade de Christchurch, para que ele nos contasse sua experiência, ou melhor, sua mais notável aventura.
O contato está sendo feito através das redes sociais, só assim nos comunicamos com Lucas. E é pelo Facebook que Lucas começa a contar suas aventuras.
Os brasileiros que foram selecionados para o intercâmbio na Nova Zelândia, que estavam no grupo de Lucas, foram localizados em duas cidades: Christchurch e Auckand. É quando chegam no aeroporto de Auckand que a aventura começa. Olha o que Lucas nos conta: "Eu fiquei preso no aeroporto, pegaram meu passaporte e tudo. Fiquei indignado. Foi uma bagaceira, tinha que pegar o outro voo, eu e Lylcon íamos para Christchurch, os outros ficariam na cidade onde estávamos. Eu não conseguia nem falar. Depois tudo se resolveu e conseguimos embarcar. Acho que eles não foram com minha cara..."
Quem conhece Lucas deve estar imaginando a reação dele diante dessa situação. Perguntei então se ele tinha ficado nervoso por estar numa cidade desconhecida, sem conhecer a língua de uma forma mais ampla. Ele responde com toda a simplicidade: "Eu ri tanto que tu nem sabe!". Não tive outra reação senão rir com ele, também.
A princípio, Lucas morou com uma família "emprestada" enquanto a casa para onde ele foi encaminhado estava terminando uma reforma. O período de adaptação teve então duas etapas. A primeira com a "host family" de Lyncol, amigo pernambucano, onde começou a estudar e se inteirar da língua para melhor comunicação. Sobre isso ele afirma: "o inglês daqui é diferente do inglês americano, aí fica mais complicado porque as pessoas falam muito rápido e pra piorar nós (os 20 brasileiros em Hornby) só falamos português entre nós!"
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| Foto com o povo de Hornby e Oxford |
Uma estratégia do Programa Ganhe o Mundo é possibilitar encontros dos brasileiros com certa frequência, não só como forma de integração, mas para amenizar a saudade de suas casas, família e amigos que deixaram aqui. Nesta foto, Lucas está atrás da estudante da cidade de Petrolândia, Itaynara.
A dificuldades já estão diminuindo, hoje Lucas já está com a família dele, se separou de Lyncoln: "Agora nessa casa eu não tenho internet, e tenho que vir pro "Mac Donalds" direto. Mas já estou começando a aprender novas palavras e sentenças. Eu assisto a TV local e aprendo palavras que eles falam com mais frequência, algumas sem usar o dicionário. Na escola é a gente quem escolhe as matérias. Alguns professores eu entendo muito, mas outros como o de Biologia e História (matérias que escolhi porque gosto no Brasil), eu não consigo entender NADA!"
Nesse momento mais uma pausa para dar risadas, e a frase célebre "ohhh Jussara, só tu mesmo."
A nossa vida é repleta de desafios, sair de casa hoje em dia já é um desafio, imagine sair de seu país. Esses meninos e meninas estão mostrando, acima de tudo, coragem em busca da realização de um sonho. Para tanto enfrentam com muita alegria cada situação que se apresente em sua frente. E isso nos dá muito orgulho.
E hoje, quando saiu o resultado de mais uma seleção para participar do intercâmbio, ficamos imensamente felizes pela conquista dos nossos estudantes que passaram por uma maratona de testes e conseguiram passar para uma das etapas mais importantes: o curso intensivo de línguas e uma prova oral e escrita.
É nosso desejo e vamos torcer para que os 5 aprovados, embarquem juntos para uma das experiências mais marcantes de suas vidas!
Jorge Lucas
Mariana Mirelly
Joice Gabrielly
Matheus Silva
Welvisk Oliveira
Parabéns e sucesso!
Caraca velho, eu fico constrangido em dizer que eu fiz esse curso e não sei o porque perdi o interesse, e agora vendo dois amigos meus do lado do mundo isso é sensacional e decepcionante ao mesmo tempo porque tive essa oportunidade e a deixei escapar. Mas fico contente em ver que eles tão fazendo sucesso por lá, e agora mais 5 jovens estão disputando por isso. O pior é que quando se perde o interesse não há quem faça você mudar de rumo, e isso fez com que eu me desviasse do caminho, mas uma coisa eu digo, o pouco que aprendi no curso e o interesse que eu tenho na escola, me desenvolvo bem. Outra coisa, para esses jovens que agora vão tentar isso, desejo não sorte mas, sim, vontade de estudar e que aproveite bem esse curso.
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